Uma história de superações
A Libras foi criada a partir de uma mistura entre a Língua Francesa de Sinais e de gestos já utilizados pelos surdos brasileiros. O que parecia ser um grande avanço, retrocedeu em 1880, durante um congresso sobre surdez em Milão, que proibiu o uso das línguas de sinais no mundo, acreditando que a leitura labial era a melhor forma de comunicação para os surdos. Isso não fez com que eles parassem de se comunicar por sinais, mas atrasou a difusão da língua no país.
Com a persistência do uso e uma crescente busca por legitimidade da língua de sinais, a Libras voltou a ser aceita. A luta pelo reconhecimento da língua, no entanto, não parou. Em 1993 uma nova batalha começou, com um projeto de lei que buscava regulamentar o idioma no país. Quase dez anos depois, em 2002, a Língua Brasileira de Sinais foi finalmente reconhecida como uma língua no Brasil.
Muitas conquistas seguiram nessa trajetória como a regulamentação da profissão de Tradutor e Intérprete de Libras, a Publicação da Lei Brasileira de Inclusão (ou Estatuto da Pessoa com Deficiência), que trata da acessibilidade em áreas como educação, saúde, lazer, cultura, trabalho e até as datas comemorativas como o Dia Nacional da Educação do Surdo, comemorado em 23 de abril.
Dados importantes
No Brasil, cerca de 5% da população é surda e boa parte dela usa a linguagem dos sinas – LIBRAS – como única forma de linguagem e comunicação. De acordo com dados do IBGE, com base no censo demográfico de 2010, esse número representa 10 milhões de pessoas, sendo que 2,7 milhões não ouvem nada.
A Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS, é uma língua de modalidade gestual-visual, reproduzida através de gestos, expressões faciais e corporais, possuindo um alfabeto e estrutura linguística e gramatical própria.
Quando o assunto é educação, a população surda se enquadra em porcentagens muito baixas de formação. Segundo estudo feito pelo Instituto Locomotiva e a Semana da Acessibilidade Surda em 2019, cerca de 7% dos surdos brasileiros têm ensino superior completo, 15% frequentaram a escola até o ensino médio, 46% até o fundamental, enquanto 32% não têm um grau de instrução.
Precisamos de mais
E ainda falando de educação, mesmo que as escolas públicas brasileiras estejam, aos poucos, se adequando a essa necessidade de inclusão, os avanços ainda são considerados tímidos.
Por mais que as crianças surdas tenham a possibilidade de contar com um intérprete e tradutor da Língua Brasileira de Sinais na sala de aula, os professores nem sempre estão bem preparados, sem contar pais, funcionários e os outros colegas de escola.
Isso impacta diretamente no futuro, que é o mercado de trabalho. Quando essas crianças chegarem lá na frente, será que estarão prontas? Será que encontrarão oportunidades de inclusão para diversas áreas profissionais?
Depois que a Lei de Cotas para Pessoas com Deficiência foi publicada em 1991, empresas passaram a ter a obrigação de contratar pessoas portadoras de deficiência para integrar um percentual do quadro de funcionários.
No entanto, devido à dificuldade de adequação e ao desconhecimento quanto à Língua Brasileira de Sinais, esse processo tem sido um pouco dificultoso. Ainda que tenham aumentado o número de contratações, há muito o que avançar para garantir que as pessoas surdas tenham tudo que precisam para crescer e se desenvolver profissionalmente.
Nós da Social Consultoria oferecemos todo amparo necessário nesse processo, com ações de sensibilização e apoio ao colaborador nas suas dificuldades e desafios de adaptação ao ambiente de trabalho.
Contando com um time de especialistas com expertise nas políticas públicas de acesso e recurso para pessoas com deficiência, Atendimento inclusivo e com linguagem de sinais (Libras), além do Móbile Social um recurso tecnológico com todas as diretrizes de tecnologia acessível.
Acreditamos que é dever de todos disponibilizar meios de acessibilidade no âmbito social e profissional, por isso dispomos de atendimento em LIBRAS, feito por especialistas, para colaboradores que se utilizam dessa forma de comunicação.
Ser Social é trabalhar por um amanhã melhor!